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Pol Pi – Arquivos de Afetam

Arquivos que afetam, no Centro de Dança do DF

Oficineiro: Pol PI

Dia 10.09, das 10h às 13h

Centro de Dança do DF

Público-alvo: dançarinos, estudantes, coreógrafos.

Vagas: 20

Em 1962, a coreógrafa e bailarina alemã Dore Hoyer apresentou pela primeira vez o ciclo de danças Afetos Humanos, composto por cinco curtos solos: Orgulho/Vaidade (Ehre/ Eitelkeit), Desejo (Begierde), Ódio (Hass), Medo (Angst) e Amor (Liebe). Iniciei uma relação com este ciclo em 2014, quando cursava o mestrado exercia no Centro Coreográfico de Montpellier, e desde então estas danças não pararam de me intrigar e de me ensinar. Como encontrar a sua própria dança através da dança de outrem? Questão necessariamente presente quando se ousa trabalhar com as ditas danças de arquivo. Ao longo da trajetória tecida entre as danças de Dore Hoyer e eu, dois espetáculos nasceram, ECCE (H)OMO (2017) e Schönheit ist Nebensache ou a beleza é coisa menor (2021): o primeiro esteve em turnê no Brasil em outubro de 2022, o segundo será apresentado em Brasília, Campinas e São Paulo em setembro de 2023. Em sua obra, Dore Hoyer desejou abordar algo que tange ao universal, utilizando gestos, movimentos, deslocamentos espaciais, ritmos… para condensar suas reflexões sobre essas emoções (inspirada também pelo pensamento do filósofo Baruch Spinoza). Esse workshop foi pensado como uma busca coletiva e intuitiva do que estas danças poderiam ter sido e de como Dore poderia ter chegado a elas. Partindo das sensações, reflexões, intuições e idéias dos participantes, construiremos nossas próprias maneiras de dançarmos estes afetos. Durante esta busca, partilharei práticas e intuições que fizeram parte do meu próprio processo de aprendizado das danças de Dore Hoyer, assim como a versão original de um dos afetos.

Minibio do professor ou coreógrafo / Teacher or choreographer mini-bio*

Pol Pi é um coreógrafo e dançarino transmasculino brasileiro radicado na França desde 2013. Seus trabalhos navegam em torno de questões sobre memória, tradução, drives múltiplos e impermanência, tendo como porto seguro a fragilidade e a intimidade. Pol é formado em música clássica pela UNICAMP e fez mestrado em coreografia no Centro Coreográfico de Montpellier. Antes de encontrar a dança contemporânea ocidental, Pol estudou teatro físico, clown, butoh e danças tradicionais brasileiras, e trabalhou como músico profissional por mais de dez anos (viola e rabeca). Ele criou a companhia NO DRAMA em 2016 e apresentou diversos espetáculos em várias cidades da França, bem como em Berlim, Essen, Chicago, Zagreb, Sofia, Bruxelas, Barcelona…

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