Similitudo
PÉS-DANÇAS-TEATRO COM PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
Duração: 45 minutos
Classificação indicativa: livre
Estreado em 2015, o terceiro espetáculo do grupo coloca em cena dezenove dançantes, entre pessoas com deficiências físicas, intelectuais, síndromes diversas, e pessoas sem deficiências.
A obra se propõe a trazer de forma poética o cotidiano para cena, abordando questões do convívio social no dia-a- dia e de como esse cotidiano, muitas vezes, poda e molda padrões de movimento, de relacionamento e até de sensibilidade.
Em sua etimologia, similitudo significa a característica ou estado do que é similar, uma busca pela repetição fidedigna entre algo e sua cópia. É aí que o grupo finca sua proposta estética, a partir da procura de um cotidiano cansativo e repetitivo que foca numa alta capacidade de produção como meio de medir a valia dos indivíduos.
Considerado pelo grupo como seu trabalho mais maduro, a obra vem levantando belas reações e reflexões por parte da plateia, sejam pessoas iniciantes na apreciação teatral ou de profissionais renomados na área.
Similitudo
PÉS-DANÇAS-TEATRO COM PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
Duration: 45 minutes
Rating: All audiences
Premiered in 2015, the group’s third show features nineteen dancers on the stage, including people with physical and intellectual disabilities, different syndromes, as well as people without disabilities.
The work aims to bring daily life to the scene in a poetic way, addressing issues of social interactions in everyday life and how this routine often shapes and molds patterns of movement, relationships and even sensitivity.
In its etymology, “similitudo” (something like “allsimilarity”) means the characteristic or state of what is similar, a search for the reliable repetition between something and its copy. This is where the group bases its aesthetic proposal: on the search of a tiring and repetitive daily life that focuses on a high production capacity as means of measuring the value of individuals.
Considered by the group as its most mature work, the work has been raising strong reactions and considerations by the audience, whether they are beginners in theatrical appreciation or renowned professionals in the area.
RAFAEL TURSI – Direção artística
Educador, artista e pesquisador, Rafael Tursi é doutorando, mestre, bacharel e licenciado em Artes Cênicas pela Universidade de Brasília. Foi professor de Artes Cênicas da UnB, coordenador e professor da Faculdade de Artes Dulcina de Moraes e, atualmente, leciona como professor de Arte na Secretaria de Educação do DF. É idealizador e coordenador do Céu – Festival Nacional de Teatro Universitário de Brasília, e fundador e diretor do grupo PÉS – Teatro-Dança com Pessoas com Deficiência. A frente do Pés desde 2011.
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RAFAEL TURSI – Concepção e coreografia
Estreado em 2015, o terceiro espetáculo do grupo coloca em cena dezenove dançantes, entre pessoas com deficiências físicas, intelectuais, síndromes diversas, e pessoas sem deficiências. A obra se propõe a trazer de forma poética o cotidiano para cena, abordando questões do convívio social no dia-a-dia e de como esse cotidiano, muitas vezes, poda e molda padrões de movimento, de relacionamento e até de sensibilidade. Em sua etimologia, similitudo significa a característica ou estado do que é similar, uma busca pela repetição fidedigna entre algo e sua cópia. É aí que o grupo finca sua proposta estética, a partir da procura de um cotidiano cansativo e repetitivo que foca numa alta capacidade de produção como meio de medir a valia dos indivíduos. Uma engrenagem que não pode parar, um relógio de bater ponto e a urgência dos relógios de ponteiro ao longo do dia foram elementos trazidos como provocação para o elenco durante os ensaios e que permeiam a trilha original criada pelo sonoplasta Glauco Maciel e o cenário de relógios suspensos, proposto pelo diretor Rafael Tursi. Tursi relembra que o espetáculo nasceu em 2014, da ideia de juntar o grupo base do Pés, criado em 2011, com os alunos recém saídos da oficina de formação realizada naquele ano, “tínhamos um time misto, pessoas que já entendiam a nossa proposta, que não eram mais alunas e, sim, integrantes do grupo, e pessoas que chegavam naquele momento para experimentar um processo de criação colaborativa em dança”, menciona o diretor. Dali, o grupo se uniu em processos de experimentação que alternavam entre a repetição excessiva de algo (o fazer e o refazer mecânico do movimento), o esgotamento físico e, de forma contrastante, a pausa longa e a inércia.
O espetáculo ganhou vida naquele ano e já se apresentou nas regiões da Asa Norte, Asa Sul, Ceilândia Gama e Taguatinga, no Distrito Federal, além de ter se apresentado, em 2017, no Arte x Igual, festival internacional de arte com pessoas com deficiência, na cidade de San Carlo de Bariloche, na Argentina, como único representante brasileiro. Considerado pelo grupo como seu trabalho mais maduro, a obra vem levantando belas reações e reflexões por parte da plateia, sejam pessoas iniciantes na apreciação teatral ou de profissionais renomados na área: “Maravilhoso. Acabo de ver um espetáculo que é realmente… é absolutamente emocionante. Muito difícil. Muito difícil. Fantástico! Estou absolutamente comovido. Fantástico! Creio que é o melhor que vi… em algum tempo. Vale a pena vir ao teatro para sentir-se assim. Pelo menos isso. Pelo menos isso.” (Hugo Rodas [1939-2022], diretor uruguaio-brasiliense, após a apresentação do espetáculo Similitudo. Teatro Dulcina, 2018)
PÉS-DANÇAS-TEATRO COM PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
Fundado em 2011, o Projeto PÉS é um grupo que pesquisa a criação, provocação e execução do movimento expressivo para pessoas com deficiência, através de técnicas do teatro-dança. Destinado à pessoas de qualquer idade, com e sem deficiências, ele busca a criação e interação de todos os seus integrantes e não pretende, ao final dos trabalhos, obter corpos dançarinos, que bailem e valsem sobre palcos e salões, mas sim, corpos que saibam se mover e gerar movimentos que, sozinhos ou em grupo, sejam por si só, movimentos expressivos artisticamente.
FICHA TÉCNICA
Elenco: Ana Luiza Ramos, Bárbara Lemos, Bia Gasparotto, Elenice Ramthum, Gabriela Arganaraz, Kelly Costa, Laura Garcia, Lily, Mari Lotti, Marina Anchises, Mônica Gaspar, Monise Pessoa, Roges Moraes, Sâmia Queiroz de Paula, Samu Diniz, Thainá Souza, Thais Cordeiro, Tize Barroso, Vinny Barros e Yuri Costa
Iluminação: Higor Filipe e Diego Borges Operação de Luz: Manu Maia
Sonoplastia: Glauco Maciel
Cenografia, figurino e operação de som: Rafael Tursi
Assistência Técnica: Giovani Rodrigues
Produção: Érika Guedes, Rafael Tursi e Thais Cordeiro
Veja mais do espetáculo e da Cia.:
@projetopes
lassificação indicativa: livre
Ferramenta de acessibilidade: Audiodescrição
Bate-papo após a apresentação
Ingresso: gratuito, distribuição de senha no local com uma hora de antecedência do início do espetáculo
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