Duração: 43 minutos
Classificação indicativa: livre
Ato é criação em dança, fundamentada nas corporeidades e danças da tradição do Candomblé Angola, entrelaçadas às experiências singulares e múltiplas das intérpretes-criadoras. A poética de Ato se nutre nas narrativas das ações-movimentos da “cobra que morde o próprio rabo”, senhora dos movimentos, o arco-íris, ser responsável pelas transformações alquímicas vitais.
Ato instaura um rito cênico e busca instaurar uma prática cênica que evidencie a poética cosmogônica das relações concretas entre mundos visível e invisível na espiral do espaço-tempo-ser, circunscrevendo abordagens éticas, artísticas e estéticas das culturas negras.
. Ato
NAVE GRIS CIA. CÊNICA
Duration: 43 minutes
Rating: All Audiences
Ato is creation in dance, anchored in the corporeities and dances of the Candomblé Angola tradition, intertwined with the singular and multiple experiences of the interpreters-creators. The poetics of Ato is nourished by narratives of the actions-movements of the “snake that bites its own tail”, lady of movements, and the rainbow, responsible for vital alchemical transformations.
Ato institutes a scenic rite and seeks to establish a scenic practice that highlights the cosmogonic poetics of the concrete relations between visible and invisible worlds within the spiral of space-time-being, outlining ethical, artistic and aesthetic approaches to black cultures.
KANZELUMUKA – Direção artística
Kanzelumuka é artista da dança e atua como pesquisadora e docente na área da Dança e Artes da Cena. Bacharela em Dança pela UNICAMP, doutora e mestra em Artes pela UNESP. Pesquisa representações performáticas de origem banto no Brasil e suas relações com as danças contemporâneas. Integrante e co-fundadora da Nave Gris Cia Cênica. É kota manganza do Inzo Musambu Hongolo Menha – Casa do Arco-íris. Fez parte do elenco da SeráQuê? Cia de Dança, sob direção de Rui Moreira, da Cia. Teatro Dança Ivaldo Bertazzo e da E2 Cia. de Teatro e Dança.
ALINE ARAUJO, CAROLINA ALVES, DANIELE FÉLIX, JENNIFER ALICE, KANZELUMUKA, LETÍCIA MEDEIROS – Concepção e Coreografia
Aline Araujo Bento é professora, dançarina, coreógrafa, atriz, pesquisadora encantada pela vida, pós-graduada em Sociologia da Educação e Cultura.
Carolina Alves é dançarina, professora de dança e cabeleireira étnica (trancista). Licenciada em Dança pelo Instituto Federal de Brasília (IFB). Busca no seu fazer artístico se conectar com suas raízes e ancestralidade negra de forma individual e coletiva.
Daniele Félix é multiartista, professora, coreógrafa, dançarina e atleta. Licencianda em dança (IFB), pesquisa as relações entre karatê e dança, as danças circulares, a dança butoh e improvisação. Por meio desta alquimia dançante tem buscado sua ancestralidade afro-indígena.
Jenniffer Alice é peregrina, dançarina, coreógrafa, professora, estudante do curso de Licenciatura em Dança (IFB), pesquisadora do movimento.
Letícia Medeiros, nascida e criada na Samambaia-Norte, em sua raiz carrega as potências nortistas e nordestinas. É artista educadora graduada em Teoria Crítica e História Da Arte (UnB) e Licencianda em Dança (IFB). Facilita aulas de Dança Contemporânea com crianças no Centro de Dança do DF e tem experiências em dança clássica, contemporânea, afro, Butoh e circo.
NAVE GRIS CIA. CÊNICA
A Nave Gris Cia Cênica é dirigida por Kanzelumuka e Murilo De Paul. Há onze anos, a companhia dedica-se à pesquisa e desenvolvimento da cena como campo de pluralidade, espaço expandido e limiar entre dança e teatro. As culturas afro-brasileiras e originárias estão presentes no trabalho da companhia como motores na pesquisa e produção artística. Em sua prática criativa é fundamental, também, o trabalho em parceria com artistas convidadas(es) (os), criando territórios de fricções onde cada pessoa criadora se encontra no fazer a partir de suas diferenças e afinidades estéticas e técnicas, construindo trabalhos onde divergências e convergências tornam-se presentes como procedimentos de criação e matéria poética. A Companhia foi contemplada com o Prêmio Denilto Gomes (Projeto de Dança) pelo II Encontro Mulheres Negras na Dança, que também foi indicado ao APCA Dança 2017 na categoria Projeto/Programa/Difusão/Memória. Com o espetáculo A-VÓS, um dos melhores espetáculos de dança de 2018 pelo júri do Guia Folha de São Paulo, foi indicada ao APCA 2018 na categoria Espetáculo/Estreia. Em 2021, recebeu o Prêmio Denilto Gomes (Filme de Dança) pela obra Corredeira.
FICHA TÉCNICA
Concepção e direção:
Dramaturgismo e assistência de direção: Murilo De Paula
Interpretação-criação: Carolina Alves, Daniele Félix, Kanzelumuka e Leticia Medeiros
Colaboração interpretação-criação (primeira etapa do processo): Fellipe Marcelino e Aline Araujo
Trilha sonora: músicas de Tiganá Santana
Sonorização: Rhay Beats
Figurino: Luazi Luango
Desenho de luz: Jackson Tea
Produção executiva: Janaína Grasso
Realização: Nave Gris Cia. Cênica
Veja mais do espetáculo e da Cia.:
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