Graça
Giradança (Rio Grande do Norte)
Duração: 45 minutos
Classificação indicativa: 18 anos
GRAÇA são camadas de tinta e de histórias acumuladas, impressas, misturadas, desbotadas,
dissolvidas nos corpos.
Graça é uma oferta, uma dádiva, uma benção que vem de nós para nós mesmas. É a graça de se reescrever, de se reencarnar nesse mundo. É um estado – de graça – e um regime que rege uma dança. É uma economia de carne. Uma economia da encarnação.
Graça
Giradança (Rio Grande do Norte)
Duration: 45 minutes
Rating: 18 years
GRAÇA are layers of ink and stories accumulated, printed, mixed, faded, dissolved in bodies. Grace is an offering, a gift, a blessing that comes from us to ourselves. It is the grace of rewriting yourself, of reincarnating yourself in this world. It is a state – of grace – and a regime that governs a dance. It’s a meat economy. An economy of incarnation.
Elisabete Finger – Concepção e coreografia
Coreógrafa e performer brasileira. Suas criações investigam a materialidade e anatomia dos corpos e das coisas, expondo texturas, densidades, formas e fluídos em situações que exploram a fronteira entre deleite e perturbação. Através do contato-colisão entre matérias, experimenta lógicas guiadas por sensações e erotismos, que muitas vezes se chocam com significados e expeectativas sociais ou culturais. Seu trabalho recente investiga encontros inesperados entre participantes muito diferentes, como uma forma de praticar ecologias políticas, buscando outras formas de empatia.
Estudou Direito/Políticas Públicas no Brasil, Dança e Coreografia em diferentes lugares como o programa Essais no CNDC d’Angers (França) e o MA SODA (UdK/HZT Berlin). Desde 2021 vive entre São Paulo e Berlim, mantendo colaborações no Brasil e em outros países. Foi bolsista da Martin Roth Initiative 2021/2022. Em 2023 é artista residente no Radialsystem, parte do programa Weltoffenes Berlin.
Alexandre Américo – Direção artística
É artista e Pesquisador da Dança com Licenciatura em Dança e Mestrado pelo PPGARC, ambas pela UFRN. Hoje é atue na área da investigação em Arte Contemporânea, com enfoque em estruturas performativas, improvisação e seus desdobramentos dramatúrgicos. Foi aluno especial de Doutorado em Estudos da Mídia, UFRN e atualmente exerce a funcão de Diretor Artístico na Companhia Giradança (Natal-RN).
Sinopse
Um olhar para a diversidade de corpos femininos e suas nem sempre diversas representações. Três performers incorporam posturas e posições mais ou menos conhecidas, encontradas em arquivos pessoais, revistas femininas, anúncios, pinturas e esculturas históricas, chegando a objetos decorativos à venda no mercadolivre. Da mitologia antiga à vida contemporânea, como as mulheres têm sido retratadas? Que corpos são protagonistas dessas representações e que ações lhes são atribuídas nessas imagens? A coreografia é aqui uma “economia” – um regime de atividades que rege uma dança – para incorporar narrativas, para fazer e desfazer nossos próprios arquétipos de beleza, poder, fertilidade, êxtase, amor e guerra.
COMPANHIA GIRADANÇA
Giradança “Aqui (…), corpos são zonas de cruzamento e fluxo constante, e a Gira se entende como uma ”tessitura sensível biossocial”. Por isso, também, o grupo pode ser entendido por essa luta que compõe o “exercício ético-político-estético”. Trata-se de uma ajuda para ensinar o nosso olhar a se alfabetizar naquilo que temos menos familiaridade, que é: ser diferente é a condição do existir. O Giradança nos mostra isso com a sua arte; essa dança que dizem ser o jeito de pensar as coisas e de criar os próprios lembretes. E esse sobre o “não igual’’ não ser sinônimo do jeito como usamos o “diferente”, se torna um dos seus lembretes mais “impor-tantes”. Helena Katz
Em 2005, surge, em Natal (RN), a Companhia Giradança tendo como fundadores os artistas da dança Anderson Leão e Roberto Morais. Em seguida, novos artistas foram se agrupando. Com isso, a Gira se pavimenta, desde seus primeiros trabalhos, como uma zona capaz de gerar tecnologias inacabadas (coreografias), operadoras de corpos discursivos com o enfoque nas relações tensionais entre corpos com e sem deficiência. A Giradança tem apresentado, em espaços cênicos de todo o Brasil, um trabalho interessado em propor modos de ser/estar em grupo, a fim de expandir nossos entendimentos acerca dos corpos da não-hegemonia na dança contemporânea. Com quase duas décadas, acumula diversos prêmios nos seus mais de 13 espetáculos de repertório dançados em mais de 15 estados brasileiros e 5 outros países.
FICHA TÉCNICA
Concepção e coreografia – Elisabete Finger em colaboração com: Alexandre Américo, Ana Vieira, Jânia Santos, Joselma Soares
Performance – Ana Vieira, Jânia Santos e Joselma Soares
Pinturas – Elisabete Finger, Ana Vieira e Samuel Oliveira
Direção artística – Alexandre Américo
Assistência de direção – Ana Vieira
Acompanhamento de pesquisa e documentação – Samuel Oliveira
Produção artística e executiva – Celso Filio
Desenho de Luz – Camila Tiago
Fotografia de divulgação – Brunno Martins, Guesc e Debby Gram
Design gráfico – Vinicius Dantas ( AYA+ )
Colagem – Manuela Eichner
Residências Artísticas – Espaço Gira Dança (Natal/BR) e Casa Líquida (São Paulo/BR) Realização – Companhia Gira Dança
Produção – Listo! Produções Artísticas
Direção financeira – Cecilia Amaral
Direção Espaço Gira Dança – Roberto Morais
Esse projeto foi contemplado pelo prêmio Rumos Itaú Cultural Dança 2019/2020
Veja mais do espetáculo e da Cia.:
https://www.instagram.com/giradanca/
https://www.facebook.com/ciagiradanca
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